12.04.2010

Stephen Doig na 4ª Conferência da Imprensa


No dia 7 de Dezembro, pelas 10 horas, vai-se realizar a 4ª Conferência da Imprensa no Anfiteatro IV da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, tendo como convidado o jornalista norte-americano Stephen Doig.  O mote para a conferência será a temática "Jornalismo de Precisão".
Para além de 23 anos como jornalista, 19 dos quais no Miami Herald, Steve Doig é docente na área do Jornalismo, especializando-se na investigação do uso de computadores e de técnicas das Ciências Sociais para melhorar o trabalho que os jornalistas desenvolvem.

11.25.2010

Leonor Figueiredo discute "A investigação no jornalismo"


Tendo primeiramente cursado Jornalismo na já extinta Escola Superior de Meios de Comunicação Social, Leonor Figueiredo trabalhou, desde 1981 até 1988, em vários meios de comunicação, entre eles no jornal Correio da Manhã. No seu percurso, o seu trabalho foi maioritariamente direccionado para as áreas da saúde e da cultura, mas é na investigação que Leonor tem vindo a destacar-se. A jornalista foi também redactora do Diário de Notícias durante vinte e um anos, até 2009, temporada na qual ganha mais de vinte prémios só naquele jornal.
Frequenta outras formações complementares: em 1997, completa o Curso de Especialização em Toxicodependência do Cenjor, em 2003 o Curso Intensivo de Sensibilização à Arte Moderna e Contemporânea e, em 2005, o Curso Intensivo de Arte em Portugal no século XX. Também em 2003, a jornalista acaba nova licenciatura em Jornalismo na Escola Superior de Comunicação Social. No corrente ano, é ainda mestranda em História Contemporânea, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
Leonor Figueiredo recebeu ainda outras distinções, como o Prémio de imprensa Contra a Sida, em 1997, e em 1999 arrecadou os Prémios Ramiro da Fonseca e Bordalo, da Casa da Imprensa, com a investigação no “Caso Virodene”, realizada para o Diário de Notícias, através da qual denunciou a utilização, em Portugal, de um medicamento para a SIDA não autorizado.
Ainda nos seus primeiros anos de carreira, foi a 25 de Maio 1987 que publicou um artigo para o qual entrevistou Américo Afonso, um dos portugueses que viveu para contar o que passou na prisão clandestina de Catete, em Angola, nos tempos da Guerra Colonial. “Eu tenho vergonha de ser português”, revelou, então, o sobrevivente.
Nascida em Angola a 15 de Novembro de 1956, Leonor Figueiredo permaneceria no seu país de origem até 1975. Ainda antes de se intensificar o Verão Quente, a jornalista e sua família desertam de Angola. Nunca mais houve notícias, porém, de João Cândido Figueiredo, seu pai, que lá desapareceu, em 16 de Julho do mês seguinte. Foi assim que a jornalista, procurando colmatar as lacunas que persistiam sobre o desaparecimento do pai, se deparou com uma realidade terrível e mascarada, não só para ela mas para tantos portugueses que haviam perdido familiares além-mar, o que a fez lançar-se nos trilhos da investigação.
Na sua busca por uma justificação para o desaparecimento do pai – e encorajada por Zita Seabra, editora da Alêtheia, a escrever a história da sua família - Leonor Figueiredo encontraria uma pasta do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) que, à altura, teria sido recentemente desclassificada. A mesma pasta que continha uma lista de portugueses desaparecidos em Angola durante a emancipação. Ou, como se ocultou, muitos deles presos políticos, que em Portugal eram dados como desaparecidos – mas que, por vezes, vinham a ser “encontrados” em prisões clandestinas. “Portugal entregou Angola ao Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) muito mais cedo do que se pensava. Cerca de meio ano antes”, declara Leonor Figueiredo, em entrevista ao Correio da Manhã, em 2009.
A história de Leonor Figueiredo já não é apenas a sua, mas também a das famílias dos mais de duzentos portugueses dissimulados nesta omissão, cujos nomes estariam declarados nessa lista oficial, descoberta pela jornalista. O próprio MNE terá admitido, em 1977, a prisão de portugueses pelo MPLA antes de ter sido oficialmente declarada a independência da antiga colónia africana.
Leonor Figueiredo remexeu nos segredos de um passado obscuro português e escreveu para fazer o luto do seu pai desaparecido em África. E não se ficou pelo testemunho de Américo Afonso: reuniu testemunhos da prisão, tortura e abandono a que muitos portugueses foram votados, em plena emancipação das colónias ultramarinas, e com eles compilou os Ficheiros Secretos da Descolonização de Angola, título da obra que edita em 2009, pela Alêtheia. É com este livro que, escrito em estilo de reportagem, Leonor Figueiredo compila a sua primeira obra, baseada na investigação, perseguição e exposição de muitos factos ocultados da maioria dos portugueses.
Em 2010, Leonor Figueiredo continua o seu trabalho de investigação e lança mais uma obra, também pela Alêtheia: Sitta Valles, Revolucionária, Comunista Até À Morte (1951-1977), relatando a vida da revolucionária angolana que, ainda em Portugal, participou activamente na luta furtiva contra o Estado Novo, e que regressou a Angola para se juntar ao MPLA, em Junho de 1975, acabando por ser fuzilada em Agosto de 1977.
Dois anos antes, a Junho de 1975, era Leonor Figueiredo que regressava a Portugal. Sem nunca mais, no entanto, esquecer Angola: a jornalista revisitou-a, investigou-a, redescobriu esse país na sua carreira e trouxe tantas memórias de lá até cá - tendo contribuído para que se constitua uma parte verdadeira da história de Portugal, uma parte da qual muitos continuam a esconder-se e a ignorar. Como podemos, no entanto, encarar um jornalismo que faz história – como história, como jornalismo ou como ambos? Qual o papel do jornalismo na investigação no desvendar de informações de interesse público – neste caso, qual o papel do jornalismo na História recente de um país e dos seus cidadãos? Que linha de trabalho seguir na investigação?
Qual será, no fundo, a responsabilidade social de um jornalismo de investigação e o valor que lhe deve ser atribuído? Qual será, neste momento, o estado do jornalismo de memória feito em Portugal?...

11.04.2010

3ª Conferência da Imprensa com Leonor Figueiredo

D.R,

No dia 25 de Novembro, vai-se realizar a 3ª Conferência da Imprensa, desta feita, na companhia de Leonor Figueiredo, jornalista que trabalhou no Diário de Notícias e no Correio da Manhã. O tema escolhido para a tertúlia com Leonor Figueiredo é "A investigação no jornalismo".
A conferência terá lugar no Galeria Bar Santa Clara, às 21h30, havendo espaço para uma especial colaboração por parte de actores do Teatro de Estudantes da Universidade de Coimbra (TEUC).

10.18.2010

Ruben de Carvalho no ciclo de Conferências da Imprensa - gravação de Crónicas e Idade Mídia

Ruben Luís Tristão de Carvalho e Silva, 66 anos, nasceu, estudou e vive em Lisboa, onde é actualmente vereador na Câmara Municipal.

Cursou História, mas conquistou logo espaço no jornalismo. Chegou a cargos dirigentes em vários órgãos de comunicação. A revista Vida Mundial, o jornal O Século e a rádio Telefonia de Lisboa são exemplos desse percurso que se mistura com a política. Em Abril de 74, assume a chefia de redacção do primeiro número legal do Avante!, o periódico oficial do PCP. Ocupa o lugar durante vinte anos. A seguir, torna-se deputado pelo mítico círculo eleitoral de Setúbal, na sétima legislatura.

A participação política começara logo no combate ao Estado Novo. Dirigente estudantil a partir de 1961, foi detido várias vezes nessa década, e de novo a 7 de Abril de 1974, quatro anos depois de se filiar no Partido Comunista. Foi também membro das comissões de apoio às candidaturas do General Humberto Delgado para a presidência e da oposição democrática para a Assembleia Nacional. No percurso político, fica ainda a presença no primeiro Governo provisório depois da Revolução dos cravos, como chefe de gabinete do Ministro sem pasta Francisco Pereira de Moura.

É autor de vários livros, sobretudo ligados à música, área de estudo predilecta. São eles Festas de Lisboa, As Músicas do Fado, Seis Canções da Guerra de Espanha e As Palavras das Cantigas. A ligação transita da teoria para a prática no programa de rádio Crónicas da Idade Mídia e também quando passa música em espaços de convívio. Ainda na escrita foi autor de Dossier Carlucci-CIA.

Tem mantido presença assídua nos media nas últimas décadas, em títulos como Seara Nova, O Diário, Diário de Lisboa, Século Ilustrado, Contraste, Jornal de Letras, O Militante, Politika, História, A Capital, Diário de Notícias, ou Expresso. Da imprensa passou para o comentário televisivo, primeiro na RTP, actualmente na SIC Notícias, embora mantenha um espaço regular de opinião no Expresso.

Membro do comité central do Partido Comunista, e ainda um dos responsáveis pela organização da festa do Avante e seu principal mentor,  em 2005 encabeçou a lista da CDU à Câmara de Lisboa, a primeira depois das coligações maioritárias com o PS. Repetiu em 2007, mas a força política perderia um dos dois vereadores que tinha eleito. O camarada de lista e substituto na vereação, Miguel Tiago, afirma que “o Ruben usa o seu conhecimento para contribuir para o seu trabalho. Uma das tónicas do relacionamento com ele é a capacidade que ele tem de nos estar constantemente a dar informação para enriquecer a nossa capacidade de interpretação das coisas. Eu não sei onde é que ele vai buscar tanto conhecimento. Eu conheço muitas pessoas que são licenciadas em História e não têm este grau cultural. Isto significa — acrescenta ainda Miguel Tiago —  que, além do que se aprende na escola, o Ruben faz um esforço por actualizar e aprofundar o seu conhecimento. Não é certamente do curso. É um gosto que ele tem pelo aprofundamento das coisas e que enriquece depois o seu trabalho. Ele não só não se recata, como julgo que faz sempre os possíveis por me envolver a mim e aos meus camaradas (…)”. – fim de citação.
                           
Leitor compulsivo, a História é a sua área de eleição. Com ela entende-se melhor a politica e o jornalismo. Costuma dizer, aliás, que um bom conhecimento da História é a principal ferramenta para quem quer exercer o jornalismo.

10.13.2010

Conferências da Imprensa com Diana Andringa - parte I e II

A jornalista Diana Andringa foi a convidada da primeira sessão de «As Conferências da Imprensa» que se realizou no passado dia 27 de Setembro, no Teatro da Cerca de São Bernardo.  A sessão começou com o visionamento do seu último documentário «Tarrafal, o campo da morte lenta», ao que se seguiu um debate com a jornalista, sobre o seu trabalho, a sua experiência profissional e o jornalismo.


clique aqui para ouvir a primeira parte desta sessão.


clique aqui para ouvir a segunda parte desta sessão.

10.09.2010

2ª Sessão das Conferências da Imprensa - Ruben de Carvalho

A 2ª sessão das Conferências Imprensa terá como convidado o jornalista Ruben de Carvalho. A sessão vai decorrer no próximo dia 20 de Outubro, pelas 21 horas, no Galeria Bar Santa Clara, estabelecimento próximo do Portugal dos Pequeninos. 


Durante a sessão será gravado o programa da Antena 1: Crónicas da Idade Mídia, abordando o tema do Riverdance e a invenção do "tigre celta". Depois da gravação, seguir-se-á uma tertúlia com o jornalista Ruben de Carvalho.


Clique aqui para aceder o podcast do programa "Crónicas da Idade Mídia".

9.27.2010

Teatro da Cerca São Bernardo

Para lá dos edifícios que circundam o Pátio da Inquisição esconde-se o Teatro da Cerca de São Bernardo (TCSB). Aos transeuntes ocasionais pode passar despercebido este espaço, que se descobre atravessando um corredor de paredes de pedra nua. 
No local, a modernidade da linha arquitectónica de Luís Durão, seu projectista, entra em confronto directo com a antiguidade do ambiente que a circunda, constituído por edifícios centenários. A casa que acolhe actualmente a companhia de Teatro Escola da Noite, por cedência da Câmara Municipal de Coimbra, esteve em construção de 2004 a 2008. Luís Durão não poupou nos pormenores. 
O arquitecto conjugou a madeira maciça com as paredes de betão, talvez inspirado pelas paredes de tijoleira dos edifícios que a rodeiam. 
Nos jardins da cerca criou um anfiteatro onde o palco é um longo tapete de água parada, reflectindo a iluminação do TCSB. Além das frequentes exibições teatrais, o TCSB acolhe, ocasionalmente, ciclos de cinema, conferências, debates, exposições e um conjunto variado de outras actividades culturais. 
A primeira das "Conferências da Imprensa" tem, assim, lugar num local de convívio pensado para o conforto, mas também para o debate activo de ideias.

9.25.2010

"Era uma vez um arrastão" - Documentário de Diana Andringa

Documentário de Diana Andringa, primeira convidada das Conferências da Imprensa, acerca do mediatizado arrastão de Carcavelos.








A 10 de Junho de 2005, os media deram ao país a notícia de um arrastão massivo, onde centenas de negros invadiam a praia de Carcavelos. A história, mediatizada de forma compulsiva pelos meios de comunicação nacionais, acabaria por ganhar contornos sociais e políticos.
Diana Andringa, desempregada na altura, passou em revista o arrastão de Carcavelos, descobrindo, então, um crime que nunca tinha acontecido. Um documentário onde Diana Andringa mostra como é fundamental o jornalismo respirar, analisar e reflectir.    

9.24.2010

Diana Andringa - Primeira Convidada das Conferências da Imprensa

Diana Andringa é uma das mais importantes repórteres portuguesas depois do fim da ditadura, em Abril de 1974, contra a qual se bateu e por ela chegou a estar presa.

Natural da província angolana de Lunda Norte, onde nasceu a 21 de Agosto de 1947, Diana Marina Dias Andringa iniciou os estudos superiores, em 1964, na Universidade de Lisboa. Um ano depois trocava o curso de Medicina pelo jornalismo, vindo a iniciar-se, profissionalmente, nos vespertinos, Diário Popular e Diário de Lisboa, do qual, aliás, viria muito mais tarde, no início dos anos 90, a ser sub-directora.

Em 1968 tornou-se redactora da revista Vida Mundial, da qual acabou por sair no âmbito de uma demissão colectiva. Ainda trabalhou como copyrighter numa agência de publicidade antes de ser presa pela PIDE em 1970. Em Setembro de 71 é libertada e regressa ao jornalismo. No ano seguinte, parte para França, onde acaba por cursar Sociologia na Universidade de Vincennes, Paris. Regressa em 1974, sendo novamente redactora da revista Vida Mundial. Em 1978, no mesmo ano em que produz, com Alfredo Caldeira, a série “Sol a Sol”, sobre trabalhadores portugueses que representavam diversas regiões do país, Diana Andringa entra para a Rádio e Televisão de Portugal, fixando-se na mesma até 2001.

Durante o período em que Diana Andringa esteve na RTP, trabalhou em programas como “Zoom”, “Grande Reportagem”, “Projectos Especiais” ou “Documentais e Eruditos”. E foi no âmbito do trabalho na área internacional que Diana Andringa realizou várias entrevistas com personalidades da literatura e da política como o escritor Jorge Luis Borges ou o antigo Secretário-Geral da ONU, Kurt Waldheim.

Nos anos oitenta a jornalista elaborou várias reportagens e documentários, dos quais se pode destacar o documentário “Goa, 20 anos depois” e a série de reportagens “Iraque, o país dos dois rios”, com a qual arrecadou o prémio Nova Gente. Entre 1989 e 1992, Diana Andringa  produziu uma série de 6 programas sobre a “Geração de 60” em Portugal, onde registou os aspectos políticos que marcaram essa geração. No ano seguinte reporta o caso da violação de uma luso-americana por quatro imigrantes portugueses na cidade americana de New Bedford em “O Caso Big Dan’s. Violação numa comunidade portuguesa”, trabalho pelo qual a jornalista viria a receber o Prémio de Reportagem Televisiva do Clube Português de Jornalistas. No campo da reportagem, é de destacar, ainda, os trabalhos que realizou com refugiados em vários campos espalhados pelo mundo.

Durante a década de 90 do século passado, Diana Andringa assinou a realização de vários documentários direccionados para personalidades da literatura portuguesa, como “Vergílio Ferreira: retrato à minuta” (1996), “Rómulo de Carvalho e o seu amigo António Gedeão” (1996) ou “Jorge de Sena: uma fiel dedicação à honra de estar vivo” (1997). No programa “Sinais do Tempo”, Diana Andringa entrevistou personalidades como o jornalista Ignacio Ramonet ou o especialista em informação Dominique Wolton.

Durante o tempo em que permaneceu na RTP, Diana Andringa assumiu vários cargos de relevância: entre 1995 e 98 foi membro do Conselho de Opinião, entre 1998 e 2000 foi Subdirectora de Actualidades da RTP e, entre 2000 e 2001, foi Subdirectora da RTP2.

Como jornalista activa que nunca separou a função profissional da função cívica e de participação, Diana Andringa foi a primeira mulher a presidir ao Sindicato dos Jornalistas Portugueses, cargo que desempenhou entre 1996 e 1998. De 98 a 2001 presidiu à Mesa da Assembleia-geral do mesmo Sindicato. Como corolário da sua intensa actividade cívica e reconhecimento profissional, foi-lhe atribuída a distinção de Comendadora da Ordem do Infante e membro do Conselho da mesma Ordem.

No presente ano de 2010, Diana Andringa foi responsável pela produção do documentário “Tarrafal: Memórias do Campo da Morte Lenta”, onde, através de depoimentos de sobreviventes, é revelado um campo atroz e de extrema dureza em que trinta e seis pessoas morreram e muitas dezenas foram torturadas, durante a ditadura salazarista

O percurso profissional de Diana Andringa revela-nos uma jornalista que entende a informação como um bem público e, nessa medida, considera que ela é para ser partilhada. Tal atitude leva-a a dizer, por outro lado e sem o menor equívoco, que não acredita na imparcialidade jornalística, a qual, de resto, nem sequer defende. Acredita, sim, na honestidade dos processos e na lealdade que deve aos destinatários da informação que produz. Um jornalista inteiro e completo, nas palavras e no pensamento de Diana Andringa, é aquele que nunca cala a injustiça e jamais cruza os braços perante as iniquidades, a desgraça, a exploração.

Em todos os trabalhos de Diana Andringa conseguimos ver, como dizia Kapuzcinski, que "o verdadeiro jornalismo é o intencional, ou seja, o que tem uma finalidade e que visa produzir algum tipo de mudança".

As reportagens de Diana Andringa, narradas pela sua voz tensa e rouca, incomodam-nos sempre, tocam-nos na alma e por isso nunca ficamos indiferentes a elas.

Outros links:


http://caminhosdamemoria.wordpress.com/

9.23.2010

«As Conferências da Imprensa» do Jornalismo

Diana Andringa apresenta: «Tarrafal, o Campo da Morte» 
A jornalista Diana Andringa será a convidada da primeira sessão de «As Conferências da Imprensa» que se realizará na próxima segunda-feira, às 21 horas, no Teatro da Cerca de São Bernardo.  A sessão começará com o visionamento do seu último documentário «Tarrafal, o campo da morte lenta», ao que se seguirá um debate com a jornalista, sobre o seu trabalho, a sua experiência profissional e o jornalismo.
Este evento inaugura o ciclo de debates sobre os media e o jornalismo, «As Conferências da Imprensa», organizado pelo cursos de Jornalismo (1.ºCiclo) e de Comunicação e Jornalismo (2.º Ciclo) da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.
Com a iniciativa pretende-se promover a discussão pública sobre questões dos media, e onde, desta vez, será o Jornalismo o principal anfitrião das conferências a realizar, chamando todos os cidadãos, profissionais, alunos e professores a tomar parte num debate essencial da vida democrática contemporânea.
Não recusando nem o pensamento nem a formação académicos, «As Conferências da Imprensa» pretendem ser um espaço aberto e plural de debate, numa componente cívica, pelo que privilegiará a sua realização em espaços fora da Universidade e em horários pós-laborais. 
O programa deste ano prevê um total de oito realizações, estando já agendada para Outubro a gravação do programa Crónicas da Idade Mídia, da Antena-1, emitido habitualmente às segundas-feiras à noite, da responsabilidade de Ruben de Carvalho e Iolanda Ferreira, após o que se dará lugar ao debate.
«As Conferências da Imprensa» contarão com a participação activa dos alunos de primeiro e segundo ciclo de Jornalismo da Faculdade de Letras, da Rádio Universidade de Coimbra e d’ A Cabra, e o patrocínio do Tryp Melia/Coimbra e do Teatro da Cerca de São Bernardo.
Coimbra, 23 de Setembro de 2010